Eu sou isso mesmo, a pessoa que some num dia e não dá
satisfação. A pessoa que vai embora e diz não voltar, mas aparece no dia
seguinte. Que surta, que desconta no mundo e diz odiar a ignorância e falta de
respeito das pessoas que nele vivem. A pessoa que liga de madrugada com o
coração na mão, o fôlego faltando e a vontade inquieta de ouvir aquela voz
grave sonolenta do outro lado da linha. A pessoa que se apaixona por um sorriso
e se perde num olhar. Que presta atenção aos mínimos detalhes e cria
expectativas em cima de suposições que podem ser tão incertas quanto a
incerteza do que virá a acontecer. A pessoa que não admite mentiras, mas vez ou
outra omite algo ali ou aqui. Que diz o que pensa sem se importar direito no
momento e que depois, com a cara no travesseiro, se culpa por ser tão impulsiva.
Que odeia a falta de ar das obrigações e do dia-a-dia. Que enxerga o mundo como
uma grande casinha de bonecas, onde tudo é meio de plástico e todos meio sem
alma. A pessoa que se refugia num texto qualquer, num livro ou filme de romance
na televisão num domingo à tarde. A pessoa que, impaciente, espera por alguém
que ande meio perdido e esbarre no pouco sentido que lhe resta e a tire dessa
confusão.
- Gabrielle Roveda
Adorei o seu texto você escreve muito bem !
ResponderExcluirEstou seguindo seu blog adorei.
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Beijos.
Obrigada flor! Que bom que gostou! *-*
ExcluirAdoro os seus textos, Gabrielle! Podia escrever um livro, não? Estou seguindo, visita o meu blog?
ResponderExcluirhey-makeup.blogspot.com
Que bom que você gosta Luiza, penso seriamente na hipótese! haha
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