Daqui alguns meses estou indo embora e a dor de deixar uma vida por aqui já começou a incomodar. Não é a mesma coisa que morrer no sentido denotativo, mas em conotação a dor parece ser pior.
Sei que a vida toma rumos inesperados e que as oportunidades que mudam nossos rumos surgem apenas uma vez. Eu agarrei uma dessas e junto dela as mil consequências que podem surgir. Tenho consciência dos meus atos e sei que para conseguirmos algo temos que nos doar.
Penso na saudade que vai se fazer presente em cada célula do meu ser e dá vontade de largar tudo e voltar para antiga zona de conforto que ainda não é tão antiga. Mas a vida é isso mesmo, uma coleção de saudades que insistem em apertar o peito só para dizer que tudo o que já foi feito também valeu à pena.
Sabe, a distância vai estar permanente, a sensação de voar para longe finalmente vai fazer sentido e todo aquele clichê de sentir falta vai ser antídoto para as noites de insônia e copos de vinho em uma garganta seca às 3 horas da manhã no silêncio de um apartamento vazio.
Embora não seja um adeus e sim, um até breve a distância insiste em doer antes mesmo de vir a acontecer. Um salve ao vinho e as fotografias que imprimem nossas mais incríveis saudades.
- Gabrielle Roveda
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