Eu não quero ter que te esquecer.
Não quero ter que algum dia apagar a lembrança do teu olhar no meu.
Do modo doce que teus olhos me sorriem ao acompanhar teu jeito contido em me roubar pra ti, ou da forma indecente que tua pálpebra semicerrada me torna completamente entregue ao teu olhar.
Não quero ter que esquecer a sensação que tuas mãos deixam no meu corpo mesmo depois que não estão mais descansadas sob a minha pele.
Não quero ter que ensinar a minha mente a não mais esperar teu toque.
Não quero ter que te enviar para um mundo de lembranças perdidas. Para vez outra te lembrar como alguém que conheci em um passado perdido, uma paixão devastadora que acabou por se perder no tempo.
Não,definitivamente, eu não quero ter que te esquecer.
Não quero ter que te jogar para o lado oculto da consciência, onde sequer saberei se vou conseguir acessar algum dia.
Não quero te esquecer em mim.
Não quero esquecer do toque da tua mão na minha, do teu abraço que me envolve inteira, muito menos deixar de sentir aquela vibração gostosa que vez ou outra surge ao te lembrar ou lembrar da gente.
Não quero ter que sentir falta da tua voz no meu ouvido, do teu beijo no meu pescoço, do nosso encaixe compatível, das tuas mãos emaranhadas no meu cabelo ou da forma como tu me ganha enquanto expõe meu corpo aos teus lábios quentes.
Não quero deixar de ter essa saudade diária do teu eu perto de mim, da tua ansiedade acalmando aos poucos enquanto se deixa no meu abraço, do bater do teu coração acelerado colado no meu peito e do teu jeito receoso em tentar me pertencer.
Eu não quero ter que te esquecer.
Não quero ter que em algum momento apagar da memória esse romance comedido, essa história tão bonita de viver. Não quero ter que ler a gente como num livro que finaliza no desfecho, quero que o fim fique pra depois, que nossa história continue a pedir por continuação.
Não quero ter que te esquecer, quando tudo que eu mais faço é te lembrar.
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