Tua boca tem gosto de quero mais.
Teu beijo me é caminho sem volta.
Tua mão no meu cabelo me tira do rumo.
Tua língua me rouba a decência mais pura.
Teu suspirar no meu ouvido abafa qualquer resistência.
Em ti eu me deixo.
Em ti me demoro.
Sem pressa.
E nem penso em regressar.
Meu corpo pede pelo teu corpo.
Meus lábios anseiam molhar os teus.
Teu toque controlado controla meu êxtase.
Teus dedos descontrolam todo meu controle.
E tu me tem refém da palma das tuas mãos.
Enquanto teu olhar indecente me entrega tua satisfação.
E teu riso de canto me quebra ao meio.
Nosso sussurro vira música explícita.
Eu, letra. Tu, melodia.
Nossa dança, coreografia.
E no ápice dessa canção eu sou tua.
Só tua.
E tu se deleita dentro de mim.
Como se dali não quisesse mais sair.
Teu eu me é faísca perigosa.
Mas não canso de arriscar.
Teu calor complementa o meu.
Nosso fogo é unânime.
Somos encaixe mesmo sem se ter.
Em ti eu queimo sem arder.
Me entrego sem receio.
Por ti eu perco a postura com gosto.
E meu corpo só sabe te querer outra vez.
De novo. E de novo.
Como quem escuta uma música várias vezes sem cansar.
Minha boca te quer fora de hora.
De manhã.
À noite.
No meio do expediente.
Na cozinha. No sofá. No quarto.
Minha pele te lembra mais que a memória.
E a lembrança quando é física se acende involuntária.
Tu me é sensação que não dissipa.
Teu gosto de mim não saí.
Teu cheiro de mim não some.
Teu toque em mim permanece.
Tu me é arrepio distante.
Nossa fusão me é um vício sem fim.
Daquele tipo insaciável.
Que me faz querer sempre um pouco mais de ti.
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