Somos fatalmente reféns de nós mesmos.
Não é engraçado? Constantemente nos preenchemos da superficialidade do mundo tentando evitar nosso caos interno. É difícil lidar com o vazio das decisões, das atitudes, dos pensamentos, muito mais fácil deitar a cabeça no travesseiro e desligar a cabeça e o corpo pós dias longos e estressantes.
Ninguém quer travar guerras civis como passa-tempo e as mais estrondosas não estão do lado de fora, elas ocorrem dentro da mente, em silêncio.
Talvez seja esse o receio humano de mergulhar em si, de chamar o interior para uma conversa emudecida tão cheia de respostas e mais perguntas com certa frequência.
Preferível é evitar o desgaste.
Temos medo de ouvir o que nosso corpo tem a nos dizer, o som da música interna pode não ser agradável aos ouvidos, não tanto quanto a ilusão da imaginação induzida pelo meio externo.
Imploramos tanto por silêncio esquecendo que a gritaria maior está dentro e quando silenciamos, não sabemos encarar.
Realmente é como dizem, há silêncios que fazem barulhos insuportáveis.
A gente vive esquecendo que lá dentro a sinfonia caótica não para. Vive ignorando que talvez, se parássemos para olhar para si, vez ou outra, e enfrentar toda essa euforia poderíamos diminuir o nível de desorganização mental e nos livrar desses acordes tortos destoantes dentro de uma partitura homogênea.
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