O limite da insanidade é quando se cai no sono.
Um vazio que nos preenche pouco a pouco na profundidade de cada descansar de pálpebras, o nada que vem fazer morada enquanto o mundo passa despercebido em lapsos que vão ficando cada vez mais distantes. É como uma viagem para lugar nenhum, onde os sentimentos vão para descansar do corpo que os castiga com crueldade, segundo por segundo, todos os dias.
É reconfortante. Revitalizador, diriam alguns.
Mas e quando não há sono?
Quando não se encontra espaço para descansar os sentidos no turbilhão interno que antecede um novo amanhecer? Como é possível preencher o vazio da constância insistente do pensar? O que se faz quando não há pausa para uma cabeça lotada em busca de um vazio acobertador?
Com quantos pensamentos se faz essas noites?
Quem é o delimitador da nossa ansiedade entre pés nervosos a rasgar os lençóis e desfiar os cobertores enquanto massacramos nosso interior na busca incessante por respostas que virão hora ou outra, mas nossa incerteza irracional de um meio sono não nos deixa esperar?
Qual é, então, o limite da insanidade quando o sono abandona o corpo físico e a escuridão da noite não neutraliza mais os sentidos?
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