Onde foi que eu me perdi?
Em que parte do caminho deixei minha essência esquecida entre paralelepípedos de uma fútil existência?
Onde foi parar meu riso frouxo e aquela animação babaca de quem via a vida colorida?
Tá tudo tão preto no branco.
Tão tons de cinza.
Sem cor. Sem graça.
Cadê meu eu perdida em embaraços sempre tão concertáveis. Onde fui parar.
Não tenho memória pra lembrar denominações de palavras quaisquer e jogá-las no papel como outrora, não consigo lembrar nem meu nome aliás.
Não sei quem sou.
Ou fui.
Ou serei.
Pudera eu ter sido ilusão todo esse tempo e meu eu ser a cor da escuridão sem nem pensar? Será que fui ausência de mim e só agora percebi ou sequer fui eu, fadada a fantasia do meu ser que construí em pilares tão fracos?
Quem fui será quem sou?
Teria eu orgulho do meu agora num eu futuro então?
Não sei que caminho seguir, que outras essências perder entre pedras da vida para me ganhar outra vez.
Se acaso souber onde me encontro, faça um favor, me mande de volta pra mim.
Estou com saudades de ser eu outra vez.
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